NOVO TEMPO FEMININO

este blog é para repensar a condição feminina, avanços, frustrações, mas acima de tudo; buscar juntas soluções no campo das idéias e sugestões práticas para avanços de fato e não na teoria.

Sunday, June 18, 2006

Dependência afetiva III parte = mov. feminista


O movimento feminista em determinado momento focou seus problemas na tese da repressão, com isso muitas mulheres usaram o discurso para reforçar a tese de que “eles” não nos deixam crescer. Não somos felizes por que os homens nos impede e ponto final.
É difícil fazer qualquer coisa sozinha quando somos criadas para servir os irmãos e ao pai. Viver sem dependência seria viver sozinha?
A situação das mulheres no mercado de trabalho mundial não mudou muito. Ainda é grande a diferença salarial entre homens e mulheres. Os cargos ocupados na maioria por homens. A maioria das mulheres demonstram pouco entusiasmo no seu trabalho; uma vez que 80% delas deixam a casa para faxina, arquivar papelada por baixos salários.
Pode-se dizer que com os homens isso também acontece, mas estudos mostram que entre homens e mulheres de QI altíssimo dois terços ocupam-se como donas de casa ou escriturarias. Em muitos casos em que mulheres brilhantes escondem-se atrás de homens no poder rejeitando o credito e a responsabilidade, deve ser daí aquela frase machista: atrás de um grande homem sempre existe uma grande mulher, nunca a frente ou ao lado.

dependência afetiva II parte = Idade da pedra


Fomos criadas para não vencer, não transgredir e não concorrer. Mas isso não implica que se tenha que viver eternamente sobre as bases construídas na infância.
Quando nos colocamos como parte fraca esperamos que um forte nos carregue e nos arraste para frente. Achando que sem isso não sobreviveremos.
Na realidade a manutenção da dependência para muitas mulheres é algo real e mutilante, uma troca pelo proveito tira, aquilo que se chama de gratificação secundaria.
Não são poucas as mulheres que pregam liberdade nas praças e no aconchego do lar afirmam “Mas é assim que as coisas devem ser!”
Desejo de salvação. Nem sempre reconhecemos em nós essa mulher, porem ela existe e quando menos esperamos emerge colocando em risco nossos sonhos e ambições.
É possível que o desejo de ser salva venha dos primórdios de nossa história quando mulheres e crianças precisavam de força bruta para livra-las dos perigos naturais. “Hoje não”.
Hoje vivemos entre o fogo cruzado, de velhas e radicalmente novas idéias sociais, e pior de tudo é que não podemos mais nos refugiar no antigo papel. Nem é mais funcional e nem uma opção verdadeira. O príncipe encantado desapareceu. O homem das cavernas hoje já não é o mais forte, mais inteligente ou mais corajoso ele só tem mais experiência de campo do que nós.

dependência afetiva l parte = procurando resposta

Sempre achei que deveria haver algo que impedia o crescimento da mulher que barrava sua caminhada, ou então após avançar, sem explicação retrocedia. Quando íamos às comemorações sobre o avanço da condição feminina, nunca consegui compartilhar da euforia das mulheres nas conquistas e não achava explicação para um fato real para mim e que me parecia que a maioria das mulheres não enxergava.
Estava eu enganada.
E derepente uma frase me chamou atenção ___ O fato de duvidar da própria competência não é estranho nem incomum. A maioria das mães solteira sente-se assim.
A segurança é uma armadilha contra o sentimento de luta pela independência e auto-suficiência. E o amor pode gerar colapso na ambição.
Numa crise como essa é comum entrar em cheque tudo o que se fez ou se aprendeu. Volta-se ao antigo modelo de rainha do lar. Num trabalho escravo por casa e comida ou no papel de ajudante, secretaria ou coisa assim.
Aceitar o papel de submissa evita criar tensão que pode provocar uma existência autentica e cheia de riscos. Muitas vezes o trabalho chato é infinitamente seguro. Muitas vezes o que muda em relação à outra é apenas o dourado da pílula e o engano de que o fazemos por amor a outrem nos dá prazer. Na verdade o que nos leva a assumir o papel de doméstica perfeita é a dependência e segurança de que estamos no papel certo. Primeiros damos ao parceiro poder, em nome de não criarmos atritos e depois nos sentimos sem direitos e subjugada pelo parceiro. Vem a ansiedade e o sentimento de que você precisa de algo palpável como o contato físico para sentir-se feliz. A perda do humor nas coisas é a pior perda que pode haver.

Friday, June 16, 2006

as mudanças virão

Acreditar em mudanças é pouco. Para garantir que elas aconteçam no universo feminino é preciso estudar , se informar e abrir mão dos velhos conceitos e preconceitos existentes. Tenho certeza que assim como eu muitas mulheres vivenciam as mesmas dificuldades e não aceitam passivamente tudo como se fosse predestinado.Temos que mudar. Descobriremos como.